A ausência de transporte escolar na rede municipal de ensino de Maceió está afetando diretamente a vida de centenas de alunos e suas famílias. Sem ônibus disponíveis desde o início do ano letivo, em fevereiro, muitos estudantes têm deixado de frequentar as aulas, o que levou à suspensão do pagamento do Bolsa Família para diversas famílias por descumprimento da frequência mínima exigida pelo programa.

A situação gerou revolta e levou pais e responsáveis a realizarem um protesto nesta quinta-feira (5), no bairro Benedito Bentes, cobrando uma solução imediata da Prefeitura. A frequência escolar é uma das principais condicionalidades para a manutenção do Bolsa Família, e sua violação pode levar ao corte do benefício, essencial para o sustento de milhares de famílias de baixa renda.

Diante do cenário, a Defensoria Pública do Estado e o Ministério Público de Alagoas informaram que irão acionar novamente a Justiça. O objetivo é obrigar o Município a comunicar oficialmente ao Ministério do Desenvolvimento Social que as faltas escolares decorrem de uma falha institucional, e não da negligência das famílias.

Enquanto o problema persiste sem solução, os estudantes seguem fora da sala de aula, e muitas famílias enfrentam dificuldades ainda maiores sem o repasse do auxílio federal.

Aos órgãos fiscalizadores, uma breve reflexão: "Inércia ou conivência"?