A inesperada separação de Virginia Fonseca e Zé Felipe tem tudo para intensificar uma doença crônica que acompanha a influencer. Nova rainha de bateria da Grande Rio para o carnaval, a apresentadora já disse que todo dia sente dor e certa vez detalhou sério problema na visão. E essa doença causa além da dor latejante, outros sintomas.

"O paciente fica mais sensível à luz, aos sons e ao barulho, sofre com náuseas e tontura e tem uma piora no sono, na atenção e na memória", listou à imprensa o neurologista Tiago de Paula, que acompanha Virginia em seu tratamento contra a enxaqueca, que tem fator genético e é mais observado em mulheres. "Hormônios como o estrogênio influenciam na sensibilidade e prevalência dos sintomas", prossegue o médico de Virginia. 

Alimentos devem ser evitados para combater enxaqueca crônica

O especialista alerta ainda para uma evolução na doença diante dos chamados "fatores epigenéticos" - ou seja, que têm a ver com o ambiente que cerca a pessoa. "Uma pessoa que tem uma vida muito intensa, está sempre exposta a estímulos, sofre com grande estresse e não dorme direto tende a sofrer com crises mais frequentes e mais graves", afirma Tiago.

É importante também dar uma atenção à alimentação. Por essa razão, as bebidas que estimulam o cérebro precisam ser evitadas (como café e energéticos). Além deles, os alimentos da família dos termogênicos (como pimenta vermelha e gengibre) e o chocolate.

Remédios não ajudam a combater enxaqueca crônica

Ainda segundo o especialista, os remédios acabam não sendo eficazes. "Pelo contrário. Os remédios para crises são cronificadores da enxaqueca. Esses medicamentos não tratam a doença de forma efetiva e, quanto mais remédios você toma, menos eles funcionam e mais dor você sente. É um quadro conhecido como cefaleia por uso excessivo de medicamentos. Além disso, esses remédios podem prejudicar a eficácia dos tratamentos de primeira linha", explicou.

Se recorrem então aos medicamentos monoclonais Anti-CGRP, que causam o bloqueio do "efeito do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP), que contribui para a inflamação e transmissão de dor e está presente em maiores níveis em pacientes com enxaqueca". E em alguns casos, a fisioterapia é indicada. Mas é importante frisar: não há cura para a enxaqueca crônica, porém há controle.